Suzy M. Hekamiah concede entrevista a Carlos Conrado
Hoje vamos revelar um pouco do universo particular
de Suzy M. Hekamiah. Além de ser bela e inteligente, ela é escritora, roteirista e graduanda de
Tecnologias Digitais. Produz projetos em audiovisual e se diz apaixonada por
tudo que faz. Com 10 anos escreveu seus primeiros roteiros para peças, e alguns
poemas e contos para determinados trabalhos escolares. Desde 2009, ela publica textos na vertente da Literatura Fantástica, com o decorrer dessas
publicações, ela já soma participação em mais de 25 antologias. Em 2006, participou
como co-roteirista do projeto: "Vídeos Perdidos", baseado nas obras
de C.C Gordi. "Código dos Mares - Os Contos
do Tempo" é o seu primeiro romance
fantástico solo.
Suzy adora bandas finlandesas, e foi ao som de ALESTORM
– Keelhauled, que preparei essa entrevista para os queridos leitores.
Quando de fato
pensou em ser escritora?
Desenho de Sid Castro |
O que você costuma escrever?
Poesias, Contos, Romances (como do meu livro), textos, receitas de
bolinhos, roteiros, bulas de remédio e lista de material escolar. (risos). É
como se eu já tivesse nascida assim, antes de aprender a escrever eu já contava
histórias pela casa. Quando aprendi a ler e a escrever foi automático colocar
no papel.
Maravilha! Como diz a musica, 'quem é do mar não enjoa'!
Concordo! A partir deste momento em que decidiu acolher a arte de
escrever como a sua profissão, você foi à busca de influências? Se as encontrou, cite algumas que mais
contribuíram para moldar o perfil da sua obra.
Nunca. Sempre gostei de ler, mas lia mais livros didáticos como de História
Geral, do que outros livros. Hoje leio de tudo e gosto muito de quadrinhos. Mas
nunca tive influência de outros escritores. O que me inspira é minha própria
vida mesmo, meus conflitos, sonhos surreais, viagens astrais e outras artes,
como: Música, Pintura e Dança.
Maravilha. Quem é Suzy M. Hekamiah para ela mesma e para os outros?
Eu sou alguém que gosta de descobrir coisas e pessoas, que defende os
animais, sou bem confusa quanto ao que sou neste mundo e o que faço aqui,
principalmente quando olho as estrelas. Só quero ter vida para fazer tudo o que
amo. Para os outros eu não sei... As pessoas são muito imprevisíveis, mas eu
amo todas elas. Desejo só amor.
Considera ter uma mente altamente investigativa? Ao caminhar nas ruas,
já se viu tentando analisar os outros como quem está num alto lugar?
Eu observo muito mais as energias do ambiente. Sou muito sensitiva. Por
esse lado, sim. Mas de forma geral, não olho muito para os lados e no que os
outros estão fazendo. Sou distraída.
Em algum momento já teve em seu pensar a ideia de tentar parar de
escrever?
Se vivesse num regime autoritário, onde escrever fosse um crime
hediondo? Considerar-se-ia uma criminosa?
Sábia resposta. Num momento anterior, você mencionou ser sensitiva, a
partir dessa expressão, você poderia relatar alguma experiência 'sobrenatural'?
Já tive sonhos muito profundos que no dia seguinte se realizaram. Eu não tenho religião e pelo senso comum, poderiam me chamar de agnóstica teísta porque acredito em uma energia cósmica superior, mas nada com relação às religiões. Mas prefiro não me rotular. Quando pequena, tinha várias sensações de estar levitando
e via presenças angelicais (prefiro não dar os detalhes por ser algo bem
pessoal). Em uma meditação profunda, há alguns anos atrás, eu acabei dormindo e
sonhei com uma figura feminina que usava um elmo e liderava um grupo de
guerreiros, um nome apareceu nesse sonho: "MINERVA". Quando acordei
fui procurar o que significava isso e descobri a deusa Minerva. Tiveram outros
detalhes, naquele meu sonho e outros episódios com "anjos" em minha
vida, mas é muito meu, sabe. São coisas que nem eu entendo direito e cada um
vai entender de alguma forma de acordo com o seu contexto social e histórico
mesmo. Já fiz várias vezes o jogo do copo, chamava a Bloody Mary, mas dessas
outras coisas eu nunca vi e nem senti nada.
Compreendo os seus cuidados. Alguns desses sonhos já plantaram em você o
desejo de transformá-los em Romance? Como leitor eu poderia aguardar um livro
sobre o caso Minerva?
Quase sempre foi assim. Eu sonho, vivo aquele sonho no dia-a-dia e
depois uso a imaginação para juntar as peças. Eu adoro os cenários surreais
deles. Mas também é ao contrário, surge à ideia em qualquer lugar e acabo
sonhando com ele. Sobre o caso Minerva, bem direto, não pretendo escrever, mas
ela está em energia nas minhas histórias desde que sonhei com ela. Um ou outro
elemento do sonho utilizei no meu livro "Código dos Mares - Os Contos do
Tempo", mas não de forma direta. Tipo, só eu sei de qual forma está lá.
C.C
C.C
O que pretende construir com a sua obra?
É difícil responder a essa. Porque, para mim, eu já construí um castelo
de expressão. Eu preciso escrever e só... A Arte é uma linguagem universal e eu
acredito mais na humanidade com a Arte.
C.C
C.C
Quais são as suas manias?
S. M. H
Respondendo sua pergunta; Manias? Talvez correr, quando eu estou muito agitada. E preciso também olhar para o céu todas as noites, até parece que eu perdi alguma coisa nas estrelas. (risos)
Bem respondida a minha pergunta. Conte-me agora um pouco sobre o que
encontraremos neste seu novo livro CÓDIGO DOS MARES - OS CONTOS DO TEMPO.
O CÓDIGO DOS MARES - OS CONTOS DO TEMPO é o primeiro de uma saga. Sendo esse o primeiro, é o mais neutro (comparando com as sequências) onde a ação e história dos personagens estão sendo moldadas. Tem piratas, dragões, utopias, hidrias, gigantes... como se tudo fizesse parte de uma pintura surreal. No começo de cada capítulo tem uma poesia que introduz o contexto seguinte.
Ótimo! Estou um tanto ansioso para conhecer esse seu universo. Para
finalizar, qual mensagem você passaria as pessoas que estão tentando se
descobrir na Arte de Escrever?
Quem nasce com a veia artística logo descobre. Poderá descobrir
escrevendo, cantando, dançando, tocando algum instrumento, ou desenhando... mas
se for escrevendo, escreva! Porque há histórias que só você poderá contar. Não
se compare aos outros, porque a Arte tem muito de cada um. É pura expressão.
Faça tudo com amor e ao seu devido tempo.
Ótimo Suzy, acho que aqui já temos um bom material. Agradeço a
oportunidade de extrair um pouco da sua essência como escritora. Seguindo uma
expressão sua, a devolvo com o mesmo sentido: ‘Bons ventos para você’.
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*Carlos Conrado
Jornalista, Escritor, Diretor de Cultura da ASI - Associação Sergipana de Imprensa.
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